Baixa adesão marca evento do governo estadual em Barra de São Francisco

DESTAQUEESTADO

6/13/20251 min read

Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (12), a cidade de Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo, recebeu a visita do governador Renato Casagrande (PSB) e do vice-governador Ricardo Ferraço (MDB), em mais uma etapa do roteiro de compromissos institucionais pelo interior do Estado. No entanto, o evento, que tinha como pauta central discussões sobre melhorias na saúde regional, foi marcado por uma notável ausência de público.

A baixa adesão causou desconforto entre organizadores e membros da comitiva estadual. Mesmo com a presença das duas principais lideranças do Palácio Anchieta, o encontro contou com participação reduzida, inclusive de figuras ligadas à administração municipal e de servidores comissionados, normalmente presentes nesse tipo de agenda.

Fontes próximas ao governo classificaram a situação como “delicada” e “inesperada”, especialmente pelo simbolismo político da visita, em um momento em que o nome de Ricardo Ferraço começa a ser projetado como possível candidato ao Governo do Estado em 2026. A agenda em Barra de São Francisco contrastou com eventos anteriores, como o realizado recentemente em Cariacica, onde a mobilização foi significativamente maior.

O cenário de cadeiras vazias em uma cidade tradicionalmente engajada politicamente, conhecida por sua participação ativa em eventos públicos, levantou questionamentos sobre a efetividade da comunicação institucional e a capacidade de mobilização do grupo político local.

Embora o discurso oficial mantenha o foco nas entregas e investimentos regionais, o episódio reforça os desafios do governo estadual em estabelecer conexões mais consistentes com a população no interior. Também evidencia os obstáculos que a possível candidatura de Ferraço pode enfrentar na consolidação de uma base de apoio sólida e espontânea fora da Região Metropolitana.

A visita em Barra de São Francisco foi mais um capítulo da agenda itinerante do governo, mas, ao contrário do esperado, acabou lançando luz sobre a necessidade de um maior alinhamento entre estratégia política, presença popular e representatividade local.